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Mais Abraços // Terça-feira 21 Janeiro, 2025 // #bebe, #saúde, #cuidados, #doenças
A coqueluche é uma doença respiratória altamente contagiosa, conhecida por provocar intensas crises de tosse seca. Embora possa afetar pessoas de todas as idades, é especialmente perigosa para bebês. Entender o que é coqueluche, suas causas, sintomas, formas de transmissão e a importância da vacina é essencial para proteger sua família.
A coqueluche é uma infecção bacteriana causada pela Bordetella pertussis. Essa bactéria ataca as vias respiratórias, provocando inflamação e irritação no trato respiratório. A doença é caracterizada por crises de tosse que podem durar semanas e, em casos graves, levar a complicações sérias, especialmente em bebês menores de seis meses.
Essa doença foi um problema grave de saúde pública no Brasil no início da década de 1980 – segundo o Ministério da Saúde, eram notificados mais de 40 mil casos anuais – e está em tendência decrescente desde então, conforme mais crianças passaram a receber a vacina da coqueluche. Mas há também períodos de aumento de casos.
O mais recente está sendo em 2024: de acordo com dados do Governo Federal, já são mais de 3,5 mil casos de coqueluche registrados este ano, contra apenas 214 em 2023. É o maior patamar desde 2014, quando foram registrados mais de 8,5 mil casos da doença. Países da Ásia e da Europa também estão experimentando surtos de coqueluche.
Segundo o Ministério da Saúde, os sintomas de coqueluche variam dependendo da fase da doença. A doença evolui dessa maneira:
Fase inicial (catarral): sintomas leves como febre baixa, mal-estar geral, coriza e tosse seca. Gradualmente, a tosse se torna mais intensa;
Fase de tosse intensa (paroxística): a tosse costuma ser muito forte e incontrolável, com crises súbitas e rápidas que podem causar vômitos. Geralmente é afebril ou com febre baixa, mas também podem ocorrer picos de febre no decorrer do dia;
Fase de recuperação (convalescença): melhora progressiva dos sintomas, mas a tosse pode persistir por semanas e até voltar temporariamente.
Nos bebês, os sinais podem ser mais graves. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, além das crises de tosse, os sintomas de coqueluche em bebês podem incluir dificuldade para respirar, sudorese e vômitos. Também podem ocorrer apneia, convulsões e desidratação.
A transmissão da coqueluche ocorre por meio de gotículas respiratórias liberadas ao tossir, espirrar ou falar. Pessoas infectadas são altamente contagiosas nas primeiras semanas da doença, mesmo antes dos sintomas mais graves aparecerem.
Por ser uma doença de fácil disseminação, surtos podem ocorrer em locais com baixa cobertura vacinal.
O período de incubação do bacilo, ou seja, o tempo que os sintomas começam a aparecer desde o momento da infecção, é de, em média, 5 a 10 dias podendo variar de 4 a 21 dias e, raramente, até 42 dias.
Segundo o Ministério da Saúde:
A fase paroxística pode durar de duas a seis semanas;
A fase catarral costuma variar entre uma e duas semanas;
Já na fase de convalescença, as tosses podem persistir por duas a seis semanas – e, em alguns casos, até por três meses.
Assim, o curso total da doença pode variar de 5 semanas a 5 meses. Essa duração depende da gravidade do caso e do acesso a tratamento.
A maioria das pessoas consegue se recuperar da coqueluche sem sequelas e maiores complicações, mas a coqueluche em bebês é especialmente preocupante devido ao sistema imunológico ainda imaturo. Segundo o Ministério da Saúde, os principais riscos incluem:
Infecções de ouvido;
Pneumonia;
Parada respiratória;
Desidratação;
Convulsão;
Lesão cerebral.
Quando não tratadas corretamente, essas complicações da coqueluche podem levar à óbito. Por isso, é fundamental proteger os pequenos com a vacina da coqueluche.
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O tratamento da coqueluche é feito com antibióticos, que devem ser prescritos por um médico especialista, e ajudam a reduzir a transmissão e a duração da doença. Além disso, também é necessário tomar cuidados com hidratação e descanso.
A identificação precoce é essencial para evitar complicações graves, pois o tratamento com remédios só é eficaz se administrado na fase catarral.
Em casos graves, principalmente coqueluche em bebê, o tratamento é mais complexo. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, o cuidado adequado de bebês com coqueluche exige hospitalização, isolamento, vigilância permanente e procedimentos especializados.
O Ministério da Saúde indica que a melhor forma de prevenir a coqueluche é por meio da vacinação. A vacina da coqueluche faz parte do calendário de imunização infantil do Sistema Único de Saúde (SUS), protegendo contra a doença e suas complicações.
O SUS também oferece vacina específica para gestantes e profissionais de saúde que atuam em maternidades e em unidades de internação neonatal, atendendo recém-nascidos e crianças menores de um ano de idade.
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Outras medidas de prevenção incluem:
Cobrir a boca ao tossir;
Lavar as mãos regularmente;
Evitar contato com pessoas doentes.
Mais importante do que saber com quantos meses o bebê toma a vacina da coqueluche, vale lembrar que todas as crianças com menos de 7 anos devem ser vacinadas contra a doença, mesmo aquelas que perderam a data marcada para fazer isso.
O esquema básico de vacinação no Calendário Nacional de Vacinação da Criança inclui as doses aos 2, 4 e 6 meses de idade, com reforços aos 15 meses e 4 anos.
As três primeiras doses são da vacina pentavalente, que inclui coqueluche. Já os reforços são com a vacina DTP, conhecida como tríplice bacteriana, que protege também contra difteria e tétano.
A coqueluche é uma doença séria, mas que pode ser evitada com a vacinação. Por isso, mantenha o calendário vacinal atualizado para garantir a saúde do seu bebê.
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