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Mais Abraços // Terça-feira 7 Janeiro, 2025 // #bebê, #adaptação, #desenvolvimento
Você está prestes a dar à luz e tem dúvidas sobre a adaptação do seu bebê depois que sair do útero? De fato, existe um nome para isso e se chama exterogestação, fase em que o recém-nascido têm dificuldades para se adaptar a este novo momento da vida, já que, antes, estava totalmente confortável dentro da barriga da mãe.
Nesta fase de exterogestação, mãe e bebê, por mais que não estejam mais conectados pelo cordão umbilical, desenvolvem uma conexão intensa. O ambiente seguro, aconchegante e rico em estímulos adequados ajuda o recém-nascido a fazer a transição para o mundo externo de maneira gradual e menos estressante.
A seguir, saiba o que é exterogestação, quais os cuidados com recém-nascido para que ele consiga passar por esse momento de desafios e se desenvolva com saúde e, claro, como manter o bem-estar materno neste período.
A exterogestação é o conceito criado pelo antropólogo inglês Ashley Montagu que afirma que o bebê precisa ser “gestado” fora do útero pelo menos nos primeiros três meses de vida. Este período funciona como uma extensão do desenvolvimento gestacional do bebê fora do útero.
“Esse período é visto como uma fase de adaptação e transição para o bebê, que ainda é extremamente dependente dos cuidados maternos e do ambiente ao seu redor para continuar seu desenvolvimento”, explica Camila Martin Massutani, ginecologista e obstetra.
Ela complementa a explicação sobre a teoria da exterogestação: “A tese defende que o bebê nasce em um estado de imaturidade neurológica, motora e sensorial, precisando de um ambiente acolhedor, seguro e muito contato físico com a mãe ou cuidador”.
Esse contato com os cuidadores ajuda a promover segurança emocional, regulação térmica, controle de respiração, batimentos cardíacos e desenvolvimento cerebral. Essa ideia é a base para práticas de criação com apego, como o uso do sling, amamentação em livre demanda e contato pele a pele.
A médica conta a duração é de, aproximadamente, três meses após o nascimento. É considerada o quarto trimestre da gestação, mas fora do útero. Este período costuma ser desafiador para os bebês, que podem sentir insegurança ao vir ao mundo externo.
Depois destes 100 dias de adaptação, o bebê já começa a demonstrar suas vontades e necessidades, consegue desenvolver uma pequena comunicação com os pais e pegar em brinquedos e outros objetos, significando o fim da exterogestação.
Para que você saiba como lidar melhor com o bebê neste período de exterogestação, saiba reconhecer o período:
Fora do útero, o bebê sente frio e fome e, por isso, a todo tempo, quer comunicar desconfortos, assim como a fralda suja;
Além disso, ele chora para chamar a atenção dos pais com o intuito de ganhar carinho;
Por fim, ele sente bastante insegurança por conta desta transição para o mundo exterior e sua primeira tentativa de comunicação acontece através do olhar.
Veja as recomendações da médica para deixar o bebê mais confortável neste período:
Ter contato pele a pele: o contato próximo e a presença constante dos pais podem ajudar até a regular a respiração;
Dar importância para o aleitamento materno (a amamentação em livre demanda e o contato próximo com a mãe ajudam a criar um ambiente de segurança, o que pode até diminuir o desconforto gastrointestinal, aliviando as cólicas);
Oferecer colo, porque representa amor e deixa o bebê confortável e seguro (essa proximidade com o bebê ajuda a estabelecer um vínculo de apego seguro, reduzindo o estresse e promove um desenvolvimento emocional saudável);
Quando o bebê estiver no colo, balançá-lo lentamente e com carinho;
Fortalecer o vínculo com o olhar;
Adotar o banho de ofurô para bebê;
Conversar com o recém-nascido;
Ambientes calmos e pouco iluminados promovem um descanso de melhor qualidade e reduzem o estresse do bebê.
Nesta fase da exterogestação, não podemos esquecer que a mãe também precisa se sentir confortável para cuidar bem do recém-nascido. Veja como manter o bem-estar da mãe durante estes 100 dias após o nascimento do pequeno:
Na medida do possível, manter uma rotina de sono e, para isso, ter uma rede de apoio para cuidar do filho;
Adotar uma alimentação balanceada para ter energia no dia a dia com o bebê;
Não esquecer dos hábitos básicos de higiene, como banhos diários;
Praticar atividade física;
Saber equilibrar a rotina para ter um tempo só para você, praticando algum hobby;
Não se comparar com outras mães ou famílias e focar no que consegue fazer de melhor por você e pelo seu bebê nesta fase.
Ainda tem receios sobre a primeira maternidade? Não se preocupe! Leia um artigo completo que preparamos sobre os 10 primeiros cuidados com recém-nascido para que seu pequeno fique saudável, disposto e arranque muitos sorrisos e alegria da família.
A maternidade é um momento único e especial, por isso, aproveite ao máximo cada minuto para dar e receber o melhor e mais lindo amor do mundo. Até a próxima!
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