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Mais Abraços // Segunda-feira 18 Dezembro, 2023 // #dor no pe da barriga, #gravidez, #gestação
As mudanças que acontecem no corpo da mulher durante a gestação cobram o seu preço. Uma das consequências mais comuns do crescimento da barriga conforme o bebê se desenvolve é a chamada “dor no pé da barriga”.
Esse termo se popularizou como uma forma simples de descrever o tipo de incômodo que afeta a região baixa do ventre ao longo dos nove meses. A popularidade, aliás, tem um motivo: esse sintoma é muito comum entre as gestantes. Segundo informações do Sistema Público de Saúde do Reino Unido, conhecido pela sigla NHS, uma em cada cinco mulheres terão o quadro em algum grau, que vai de leve a grave.
Um problema de saúde tão corriqueiro como esse precisa ser conhecido em detalhes. Entenda, a seguir, o que pode estar por trás do desconforto e quais são as principais formas de aliviá-lo.
A dor no pé da barriga é um termo genérico para descrever os incômodos que a mulher sente na parte inferior do abdômen, abaixo do umbigo, enquanto o bebê se desenvolve.
Podem existir diversas causas para esse sintoma e a maioria é normal, faz parte dos rearranjos do corpo materno para melhor acomodar o bebê. Alguns dos motivos são o alongamento dos músculos da região e o acúmulo de gases no abdômen. Mais tarde na gestação, alarmes falsos de trabalho de parto também podem ser os responsáveis pela dor no baixo ventre.
Quando esse incômodo aparece e não vai embora depois de algum tempo, é essencial conversar com o ginecologista para que o profissional faça uma avaliação mais aprofundada e investigue as possíveis causas.
Segundo a American Pregnancy Association, algumas das possíveis explicações para a dor no pé da barriga são o acúmulo de gases no abdômen e a constipação, que são relativamente comuns durante a gestação e podem ser aliviados com mudança de hábitos, como beber mais água e ingerir mais fibras.
No entanto, é importante também estar atenta a alterações que pedem um pouco mais de cuidado, como uma infecção urinária, que também pode gerar o sintoma. Uma dica é observar se há ardência ao urinar ou alteração na cor da urina, o que indica a necessidade de uma rápida ida ao médico. Durante o primeiro trimestre, outra possível causa de dor na parte baixa do abdômen preocupante é a gravidez ectópica, que acontece quando o embrião se desenvolve em um lugar inadequado, como nas trompas, tornando a gestação inviável. Vale pontuar que esse acometimento é bem mais raro.
No segundo trimestre, o principal motivo para o desconforto é o alongamento de pele, músculos e ligamentos, em especial o ligamento redondo do útero, que une o útero à região pélvica e é esticado em decorrência do crescimento uterino.
Já no terceiro e último trimestre, a dor no pé da barriga pode ter a ver com as contrações de um falso trabalho de parto, as chamadas contrações de Braxton Hicks, que não são incomuns e podem ser percebidas com dor e endurecimento da barriga.
Há ainda um tipo específico de incômodo que está relacionado diretamente às articulações dos ossos da pelve. A Academia Real de Obstetras e Ginecologistas, instituição do Reino Unido, detalha que as articulações que compõem a pelve trabalham juntas e normalmente se movem levemente, mas “à medida que o bebê cresce no útero, o peso extra e a mudança na maneira como a mulher se senta ou fica em pé exercem mais pressão sobre a pelve”, aponta a entidade. O resultado pode ser uma dor no pé da barriga, mais direcionada à região dos ossos da bacia
A dor abdominal na gestação, de forma geral, pode surgir como uma espécie de cólica em qualquer região da barriga, do abdômem e até do baixo ventre. Ela pode ser aguda, como uma pontada, ou crônica, permanecendo por mais tempo. Já a dor no pé da barriga é localizada mais abaixo, entre o umbigo e o monte púbico.
A Academia Real de Obstetras e Ginecologistas destaca que essa condição pode variar de moderada a severa, mas é possível tratá-la e aliviar o sintoma.
Alguns sinais que podem vir junto com a dor no pé da barriga são:
Dor no púbis, na parte baixa das costas, no quadril, na virilha ou até nos joelhos;
A dor também pode aparecer nas relações sexuais;
Sensação de inchaço;
Sensibilidade ao toque ou movimentos;
Cólica.
Quando esses sintomas persistem e impactam a rotina e a qualidade de vida, ou quando eles vêm junto de febre, calafrios, dor de cabeça ou corrimento, sinais que podem indicar uma infecção, é bom conversar com o médico que faz o acompanhamento da gestação.
Um profissional de saúde deve ser contactado com urgência se a mulher estiver com:
Sangramentos;
Cãibras regulares;
Perdas de líquidos pela vagina;
Dor intensa nas costas;
Sensação de dor ou queimação na hora de urinar;
Dor muito severa que persiste após 30 a 60 minutos.
O tratamento da dor no pé da barriga vai variar bastante de acordo com as causas e o nível de incômodo, já que muitas vezes é apenas uma consequência normal das mudanças no corpo da mulher.
Por exemplo, uma mulher que sente pontadas eventuais pode ser orientada a fazer repouso ou compressas quentes para ter alívio. Em outros casos, porém, pode ser necessário realizar sessões de fisioterapia para melhor lidar com as mudanças osteomusculares da gravidez ou até mesmo fazer exames para investigar a fundo as possíveis causas — e até detectar um falso trabalho de parto.
Segundo o sistema de saúde britânico, “fazer o diagnóstico assim que possível permite manter a dor no nível mínimo e evita desconfortos mais duradouros” e é importante lembrar que o uso de remédios para amenizar a dor durante os 9 meses deve sempre seguir a orientação de um profissional da saúde para escapar de efeitos colaterais.
A Academia Real de Obstetras e Ginecologistas também sugere uma série de medidas simples, mas que podem fazer a diferença nesse contexto, como:
Ter uma vida ativa, mas caprichar nos momentos de repouso;
Mudar de posição frequentemente e não ficar sentada por mais de 30 minutos de uma só vez;
Sentar-se na hora de trocar de roupa;
Distribuir o peso do corpo nas duas pernas de forma balanceada;
Quando estiver deitada na cama, usar travesseiros para dar suporte ao quadril e aos joelhos;
A princípio, não. Na maioria das vezes, a dor no pé da barriga não representa risco algum à saúde do bebê e tampouco impede o parto normal. Mas, de novo, é sempre importante passar por uma avaliação médica. O ginecologista poderá desvendar as causas por trás do incômodo e dar início a um período de mais alívio e calmaria.
Com esses cuidados e orientações da equipe de saúde, a dor no pé da barriga tem tudo para passar de um tormento para uma queixa do passado.
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