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Mais Abraços // Sexta-feira 25 Abril, 2025 // #bebe, #desenvolvimento, #criação
Se você está esperando um bebê ou já é mãe ou pai de uma criança que vai crescer nos próximos anos, é provável que tenha ouvido falar da Geração Beta. Mas o que isso significa na prática? Como será a infância dos pequenos que estão chegando agora ao mundo?
Vamos descobrir o que caracteriza essa nova geração e o que podemos fazer para prepará-los para um futuro tão cheio de transformações.
A Geração Beta vai ser composta pelas crianças nascidas a partir de 2025 – quer dizer, que estão nascendo neste ano e nos próximos. Ela vem depois da Geração Alpha e representa um novo ciclo na forma como entendemos a infância, a educação e o papel da família.
Ao contrário da Geração Alpha — cujos primeiros anos foram influenciados pelo século 20 —, os bebês da Geração Beta nascerão em um mundo já transformado: as tecnologias digitais estarão ainda mais integradas à vida cotidiana e os debates contemporâneos sobre meio ambiente, diversidade e bem-estar mental já estarão presentes desde o início.
Além disso, é muito provável que seus pais e mães já tenham crescido conectados, pois as pessoas da Geração Beta serão em grande maioria filhos dos Millenials e da Geração Z.
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Seguindo o padrão de gerações com 15 anos de duração, a maioria dos especialistas define que a Geração Beta começa com os bebês nascidos em 2025 e vai até, aproximadamente, 2039.
O novo grupo marca o início de uma era de intensificação da inteligência artificial, de mudanças climáticas mais evidentes e de novos arranjos familiares e sociais.
Apesar de ambas crescerem em um mundo hiperconectado, a Geração Beta terá um contato ainda mais precoce: enquanto a Geração Alpha testemunhou a chegada de dispositivos inteligentes, as crianças Beta crescerão com tecnologias baseadas em IA, assistentes virtuais e realidade aumentada integradas ao seu cotidiano desde muito cedo.
Outro ponto de diferença é a formação de valores: a Geração Alpha foi fortemente impactada pela pandemia de COVID-19, com foco em saúde mental e conexões emocionais; já a Geração Beta pode trazer como marca a convivência com soluções sustentáveis.
Criar filhos da Geração Beta vai significar, em grande parte, equilibrar o uso da tecnologia com o desenvolvimento emocional e social das crianças. Assim, estimular a empatia, o contato com a natureza e a convivência presencial serão atitudes importantíssimas.
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Por exemplo: segundo a psicóloga Rafaela Schiavo, fundadora do Instituto MaterOnline, a brincadeira simbólica é essencial para o desenvolvimento infantil. "Uma criança de dois anos pega uma caneta e, na mão dela, pode virar um aviãozinho, um carrinho. Isso é muito importante para o salto cognitivo", diz a especialista.
O problema é que vivemos dias difíceis para a imaginação. "As crianças estão ganhando brinquedos já prontos, sem ter a necessidade de transformar uma caixinha de fósforo em uma boneca, um carrinho, algo que ela possa fantasiar", diz Schiavo. O prejuízo se dá no campo da inteligência, da reflexão e do pensamento abstrato.
Schiavo destaca também que os pais podem ter muitas dificuldades com as novas crianças, porque foram criados em um mundo diferente do que se apresenta agora.
"Os pais precisam entender que na época deles não havia esse tipo de tecnologia e que os filhos têm e que farão cada vez mais parte do cotidiano de todos", ela diz.
A Geração Beta será a primeira a crescer completamente imersa em um ambiente digital moldado pelas novas tecnologias de inteligência artificial generativa.
No campo emocional, especialistas como o psicólogo social estadunidense Jonathan Haidt fazem alertas contundentes sobre os impactos das tecnologias digitais na saúde mental.
No livro "A Geração Ansiosa", Haidt argumenta que a introdução precoce de smartphones e redes sociais está associada ao aumento de transtornos de ansiedade, depressão e dificuldades de desenvolvimento entre crianças e adolescentes.
Com base em evidências robustas, ele defende que as redes sociais sejam evitadas até, pelo menos, os 16 anos, e propõe quatro regras para pais e cuidadores: mais tempo ao ar livre, adiamento do smartphone, adiamento das redes sociais e apoio ao sono adequado.
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No campo cognitivo, Schiavo observa o risco de as crianças dependerem excessivamente da tecnologia para resolver problemas: “Em vez de buscarem soluções, os sujeitos vão para essas novas tecnologias pedir as respostas", diz a psicóloga.
Ela continua: "As tecnologias pensam cada vez mais por nós. Isso pode empobrecer o pensamento crítico e tirar a autonomia."
Para a especialista, as crianças não devem ser totalmente privadas da tecnologia, elas vão precisar aprender a lidar com elas, mas sempre com supervisão.
Como pais e mães da Geração Beta, será essencial criar rotinas saudáveis e limites claros para o uso da tecnologia, oferecendo também espaço para o tédio criativo, o brincar livre e a interação humana.
Promover relações sociais significativas, educar as crianças com reflexões sobre questões éticas e manter um espaço de diálogo aberto também são formas de ajudar as crianças da Geração Beta a crescerem com mais equilíbrio e senso crítico.
Para que você acompanhe a evolução do seu filho mais de perto, saiba tudo sobre os saltos de desenvolvimento do bebê, quais são e quando acontecem. Siga com a gente nessa jornada de amor e carinho com os pequenos!
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